Para voar é preciso apenas
duas notas de silêncio,
uma asa bem ritmada,
um perfume de sonho,
com algumas gotas
de nostalgia,
e um olhar que perfure
a aparência vã das coisas
Cai bem uma memória
que não tema lançar-se
num ou noutro abismo
de sentimentos, mesmo
dos que pareçam mortos
de tão velhos!
Nem que se tema ficar perdido
no labirinto de alguns poemas
Um momento de introspecção ajuda,
bem como uma xícara de chá bem quente,
ou mascar folhas de louro
como as antigas pitonisas, afinal
profetizar algumas rimas
ajuda a manter a cadência
que faz deslizar pelos poemas
as mais ásperas durezas...
Mas o fundamental mesmo,
e é bom que não se esqueça,
da vassoura ou da caneta, pois
para voar é preciso mesmo
ser uma bruxa ou um poeta!
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