Pensei em te escrever algumas palavras póstumas,
mas agora percebo que não sabia todo o teu nome,
e me pergunto como pode termos estado numa
mesma família e história sem sabermos como
nos chamar? Quem eras tu?... Um ente que viveu
para ser esquecido? Uma história distante fadada
a desaparecer no tempo?... Te ofereço esses versos
que nasceram do silêncio de tua partida e com as
minhas mais sinceras desculpas por teres ido tendo
ainda os teus primos como estranhos! Espero que tu
tenhas sido feliz com teu marido e filhos, e na casa
que escolheste para viver teus últimos dias! Que a
vida tenha sido branda contigo pelo menos no final,
e que nos reencontremos no futuro senão como irmãos
ou como cúmplices, que seja pelo menos como amigos!
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