Notícia do poema (Real infelizmente): Uma cena inusitada assustou os moradores e comerciantes da área urbana de Cachoeiro do Itapemirim na manhã desta quarta-feira (30/10/2013). Um boi estava solto, circulando pela cidade e avançando nas pessoas que passavam. O Corpo de Bombeiros do município tentou fazer a captura do animal, mas não conseguiu. O boi acabou sendo morto pela polícia!
o que fazer da sua liberdade...
Estavam todos lá, os cidadãos,
os desocupados e os bombeiros
e os soldados da brigada militar...
Pra fazer o quê?...
Arremetia chifres
como quem dizia:
"Me deixem em paz!
"Me deixem em paz!
Saiam daqui!"
Confuso, assustado,
Confuso, assustado,
o boi foi pra todo lado!
Tentaram encurralá-lo,
enlaçá-lo, que nada!
enlaçá-lo, que nada!
No susto e na ânsia
de liberdade ele
era mais vivo
era mais vivo
e mais rápido!
Nem viram esse medo e esse susto
no fundo do olho preto e doce,
nem viram a agonia de quem
não sabia o que fazer com tanto espaço!
Um dos soldados
Nem viram esse medo e esse susto
no fundo do olho preto e doce,
nem viram a agonia de quem
não sabia o que fazer com tanto espaço!
Um dos soldados
deu cinco tiros
pelo bem comum,
pelo bem comum,
e o boi morreu
como a maioria de nós vive,
sem entender bem os motivos,
sem nem compreender
como a maioria de nós vive,
sem entender bem os motivos,
sem nem compreender
o que era exatamente
aquilo o que ele
recém descobrira
recém descobrira
(a liberdade)!
Só caiu exangue.
Só caiu exangue.
Mais uma vítima
inocente do bem comum.
inocente do bem comum.
Que nunca foi considerada,
compreendida, acolhida...
Ele que tivera uma
vida mais pura
que toda a nossa
humanidade e um dia
decidiu sair e ver o mundo
que não teve, como sempre,
nenhuma piedade!
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