sábado, 10 de agosto de 2013

Soneto da Outra Vida



Inerte coração de pedra que é meu
vivo no abismo escuro dos meus dias
abrindo os véus de minha poesia
em busca de um coração que já viveu

Mares dos meus versos (negros como breu)
revoltos por  sonhos e nostalgia,
sacudidos por minhas ventanias,
onde está o que eu fui?... E agora o que sou eu?...

Buscas infindas, por noites e dias
memórias de encontros e partidas
em busca de mim mesmo e minha vida

Uma outra vida há muito esquecida
onde eu era só aquilo o que eu sentia
livre de dores e de despedidas...

4 comentários:

  1. esclarecedor de mentes e corações rs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu querido e jovem poeta, obrigado por seu comentário! Seja bem vindo sempre!

      Excluir
  2. Jaime, esse poema me comoveu, lindo!!
    Você anda em uma fase muito boa. Desejo-lhe inspiração, sempre!
    Abçs,

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado Beth! Os sonetos têm vindo com cada vez mais frequência e fluência. Obrigado por seu comentário. Que a inspiração nos abrace sempre! Abraço.

      Excluir

Vigílias

As portas abertas estão sempre à espera de algo... Deixo minha porta da cozinha sempre aberta à luz do dia, ao vento furtivo, à visita d...