terça-feira, 13 de agosto de 2013

Monotonia



A chuva falava com o telhado
coisas sobre a dança e a poesia,
coisas sobre o céu e sobre a ventania,
coisas que o tempo deve ter contado...

A fala mansa do ar na ventania
inundou de aromas o meu sábado,
e a leitura do velho Jorge Amado
perdeu suas cores, e a alegria.

Quero saber mais das coisas distantes,
das terras em que o sonho passeia
sobre os voos que a alma anseia

Para além da rua e dos seus passantes,
na vaga semelhança dos semblantes.
Eu quero o que faz pulsar as veias!...

2 comentários:

  1. Jaime, meu caro, vejo que anda em uma fase inspirada, felizmente, para nosso deleite.
    Gostei muito do soneto.
    Abçs

    ResponderExcluir
  2. Muito obrigado Beth por seus comentários sempre estimulantes! Um grande abraço!

    ResponderExcluir

Vigílias

As portas abertas estão sempre à espera de algo... Deixo minha porta da cozinha sempre aberta à luz do dia, ao vento furtivo, à visita d...