À Cintia Margarete C. Canes
A casa dormia.
Na sala coberta com um véu de prata
um rangido se ouvia com as vozes do passado:
"Vem maninho!... Vem pra casa!"
Gritava minha mãe da porta
de uma outra casa, que para sempre
será também a minha casa...
Jovem, muito jovem ela se foi.
Quando partiu tinha trinta e dois,
e se (quando) um dia nos encontrarmos
eu serei o mais velho de nós dois...
Ah, sei lá... Acho que já vou dormir!
Essas enchentes da saudade
sempre me afogam na madrugada!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário