quinta-feira, 28 de março de 2019
Das Buscas Profundas
Quando não se está com os olhos de dentro
bem afinados com os olhos que espiam tudo,
Quando não se ouve a voz interior,
sufocada pela consciência crítica
Ou quando o peso dos fatos esmaga
os vestígios que o coração prescruta
É que a alma caça os seus símbolos mais antigos,
e essa busca desemboca numa consulta de tarot...
sábado, 1 de dezembro de 2018
Desencontro
Deus mora nas alturas
do nosso pensamento,
e só o vemos perfurando
com a espada do silêncio
o teto escuro dos sentimentos,
que ficaram presos nas redes
dos ressentimentos,
que se alimentaram
dos nossos dias...
Deus ora por nós nas alturas
do nosso pensamento,
enquanto vagamos,
desorientada e tristemente,
nessa estrada de nós mesmos...
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
O Jardim Perene...
Eu amava aquele recanto
do jardim, onde o canto das aves
era manso como
uma conversa de vizinhos
E a reflexão das estátuas
infinita,
com seu olhar cabisbaixo
a fitar o gramado...
E ali eu cruzava
as sombras da tarde
pontilhada pelos ipês floridos
Esquecido da minha
humana finitude,
neste mundo de despedidas...
terça-feira, 28 de agosto de 2018
Sinergia
A face do dia coberta de Luz,
encharcada de brisa,
se eleva e transcorre
do oriente ao ocidente
na carruagem ligeira da vida.
Tudo o quanto vive
se interliga, e de algum modo
se comunica de todos com tudo!
Num pulsar íntimo
e profundo, que é
a música do coração.
Mas a fronte ignora,
os passos divergem,
os olhares não cruzam...
A isso chamamos solidão!
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Cenário
Chove uma chuva intermitente,
cortina úmida da minha Londres sulina,
minha Porto Alegre de neblinas
como nos velhos contos policiais...
Minha cidade tem mesmo enigmas
que não se adivinha nas faces de pedra
das antigas estruturas, e nem nas curvas
da nova arquitetura, onde sua poesia
pulsa silenciosamente com a chuva
Esparramada nas esquinas
onde Sherlock não caminha...
E pensando bem nem Poirot
desvendaria o nosso enigma!
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
O Gato Poeta...
Sobre os crimes que cometemos em nome do Amor...
Meu gato de tanto assistir
o abrir e fechar da tramela,
que chamamos borboleta,
da minha janela
um dia fugiu!
Abriu e saiu,
porta a fora pro mundo!
Eu bem que o via ensaiando
com as garras peludas pegar e torcer...
Já era madrugada,
tinha ido tomar banho tarde
e quando voltei
a janela escancarada,
a cara da liberdade...!
Sai à procura do danado,
e quando o encontrei
tava lá, debaixo da pitangueira
espiando o céu estrelado...
Levou um susto quando me viu!
Catei ele num abraço,
meu filho, meu filho, eu dizia...
Hoje me Arrependo.
Sinto que roubei dele
um momento de poesia
da sua vida tão curtinha...
Quem dera tivesse eu
sido menos egoísta
e mais poeta...
segunda-feira, 9 de julho de 2018
Sobre a Caminhada Espiritual...

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