Tinha um tempo em que
eu ouvia mais a cantoria das coisas...
Da chuva, dos grilos, do farfalhar
das árvores na flauta do vento...
E até a cantoria do silêncio
que estalava na casa
quando a noite caía
Nos meus sonhos ouvia
a cantoria da lua e da neblina
E, de repente, a música das coisas
se calou...
Mas às vezes eu sinto que não,
que o cântico de tudo penetrou fundo,
e me tornou uno com as coisas do mundo
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