À Kátia Pires
Nasceram juntos, gêmeos, mas coloridos.
Um negro, outro dourado. Quatrocentas
gramas cada, o pretinho e o dourado!
Miavam sem parar à sua mãe postiça,
já que a legítima morrera numa ONG
assistida por humanos e sua caridade
(que deu-lhes até uma mãe postiça)...
Um dia o pretinho murchou, não comeu,
miava fraquinho... Enquanto o dourado
corria saltitando vida. Nem notara que
a luz do irmão se apagara!
Correria ao veterinário, medicamentos
de hora em hora. Até que melhorou
um pouco. Voltou a correr, brincou
com o mano, e então de novo murchou
Foi para um canto, não comia. Apreensão!
O dourado bem que o buscava, mas nada!
Foi então que a mãe postiça reparou, que a
melhora foi o esforço para uma despedida!
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