O mundo tem dessas coisas,
de olhares súbitos que mudam tudo!
Belezas que se revelam como o abrir de uma janela...
E muitas vezes as janelas são pessoas.
As suas durezas se mostram
como tristezas nunca acolhidas.
Suas raivas como as feridas nunca assopradas
por quem lhes devia Amor...
Às vezes nossas próprias feridas roçam
nas feridas alheias,
e nossas infâncias brigam sem qualquer
consciência do que fazem...
Estamos todos morrendo todo dia
e faremos isso na estreiteza da solidão,
no fim de tudo,
onde só teremos por afago o olhar terno
dos que nos amaram,
apesar de nossas feridas,
e além das nossas birras
conseguiram ver a beleza em nosso coração!
quarta-feira, 9 de novembro de 2022
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