Fiz da poesia minha casa,
construída de tijolos firmes
de sonhos deste mundo,
e de outros mundos também...
Estendi lençóis de música
alva e tênue, de rimas discretas,
para aconchegar os olhos
que pousassem sobre meus
versos (aéreos e fluidos)...!
Abri canteiros de terra fértil
onde qualquer sorriso poderia
florir em profusão, e subir
aos céus do pensamento
dos que amassem
amar meus versos
de todo o coração...
Construí minha casa na poesia
para que meus mortos tivessem
onde morar, e seguir sonhando
coisas deste e de outros mundos,
e onde eu pudesse abraçar
os amigos novos e esquecidos
num abraço de uma vez só!
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