sábado, 22 de agosto de 2015

Canção da Chuva/Temporal



Veio assim, versos do vento 
em forma de lágrimas
escorrendo do ventre 
das nuvens, tamborilando
em cima do telhado, 
afugentando os gatos...
Botando as crianças 
na janela, e o velhos pra deitar
a sesta da tarde... Veio 
a mesma água do dilúvio,
reusada e renovada 
nos milhares de anos.
Veio milagrosa, ora branda 
e adocicada, ora forte
como a pisada de um gigante, 
veio serena e leve
e também estrondosa e firme... 
Caiu como lágrimas,
e como versos do vento, 
que sopraram e inspiraram 
versos em mim, que agora 
deito sobre o papel na sua 
pureza, mas com só uma gota 
de toda a sua beleza!

Foto que minha amiga Sílvia Dalla Santa postou a pouco no Facebook, e que com o som da chuva, que cai agora em Porto Alegre, me trouxe esses versos que compartilho, fresquinhos, com vocês!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre a Luz

O Sol é a luz que dentro da consciência espera o despertar do eu mais profundo, que alheio a tudo que disseram vem ao mundo, pleno ver...