terça-feira, 31 de março de 2015

Soneto das Divagações



Versos de outrora guiam meus passos agora
por sendas escuras e tão misteriosas,
que sonho que vago por dias e por horas
sem brilho, ou em divagações tão viçosas

Que confundem realidade e devaneios,
não sei se estou aqui ou dentro das vagas viscosas
das angústias antigas e dos anseios
que se me parecem paisagens nebulosas...

Escapo pela senda mágica do agora!
Que o passado fique onde ele deveria
não é regaço, nem tão pouco hospedaria

É uma estrada que logo logo fica vazia
depois que se planta e se colhe do que se cria,
matando de sede quem dele não vai embora!

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