Esta noite é muito antiga,
é uma noite esquecida
nos primórdios do tempo!
Nos seus meandros,
recônditos e escuros,
espreitam as Harpias
o destino do mundo!
E no jardim das Hespérides
os pomos de ouro maduros
aguardam a vinda heroica
do peregrino, aquele que
na ânsia de domar o próprio destino
enveredou pelas trilhas do mundo
Nesta noite as liras do silêncio
acalantam poetas e sua poesia,
fazem adormecer Cérbero,
e no Estínfalo as Fúrias que
gemem no fundo da nossa agonia
Ai essa noite antiga e esquecida
no fundo do tempo como numa gruta,
quem dela me salva?
Quem dela me salvaria?
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