é sempre outro, é sempre
vário! Com altas torres de
sonho e areias movediças
onde todo engodo afunda
como num nascedouro
ao contrário!
E bem perto há uma praia
e, ao pé da montanha, há
um paredão de pinheiros
que, solenemente postados,
um paredão de pinheiros
que, solenemente postados,
à noite cantam num
magnífico coro vegetal,
junto do marulho das
ondas que uivam à nudez
da lua quando ela deixa
cair seus véus de neblina,
cor de prata e de cristal...
cor de prata e de cristal...
Ando pelas areias pintadas
de azul pálido cantando
coisas variadas de sonho
e de nostalgia pelos salões
imensos da madrugada,
farejando o perfume do
dia como quem busca sua paz,
seus sonhos e o seu lugar!...
Mas onde anda meu sonho,
minha paz e o meu lugar?
"Jaz longe daqui" diz o vento,
"Numa sepultura de nácar,
dentro de uma ostra azul,
numa embarcação há muito
naufragada, dentro das
profundezas do mar!..."
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