terça-feira, 7 de maio de 2013

Soneto da Espera



Vem amor, não te demores muito mais
que o dia ido faz pesar o que não veio.
Vem ver os versos que trago em meio
ao silêncio da paz que não tenho mais...

Deixei em bares, em praças com os meus ais
lembretes de amor que escrevi e creio
que verás escrito por meus anseios
juras de amores que já não se amam mais.

Sou de um tempo de fidalgos sonhadores,
que criavam com versos galanteios,
que contemplavam distantes amores...

Porém, cansei de versos e devaneios
sonhar demais só faz cobrir de flores
as pontas duras de velhos anseios.
 

2 comentários:

  1. Fico feliz a cada nova postagem, Jaime.
    Gostei muito desse soneto, ele possui um enlevo de autenticidade.
    Abçs,

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  2. Obrigado Beth, você é minha fada madrinha poética! Sempre distribuindo generosidade e encanto em suas visitas nesses meus Caminhos de Versos... Um grande abraço!

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