Dorme a estrela por sobre
o seu cobertor de casas acesas,
como um espelho do céu...
Olha a lua o infinito,
guiando infinitamente
todos os sonhos do mundo...
As hordas da aurora
repousam longe, longe...
E os salões da madrugada
deixam a linha do horizonte
indistinta e, indistintamente,
enegrecida as fronteiras
das lendas e da vida são
subitamente interrompidas!
Vês? O sonho agora habita
os montes, as praças,
a luz das lâmpadas e das
lamparinas...
Vês? A vida toda está vestida
de cânticos e rimas, folheada
à encantamentos e poesia...
Eu junto com estes versos
a estrada de milênios
desta noite...
Meu pensamento segue
aspirando às alturas
como a fumaça do incenso...
Ouve... Nos arabescos do vento
sonham comigo as cantorias
dos grilos e dos outros poetas...
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