sábado, 4 de outubro de 2014

Tarde Ventosa



O vento abria palácios aéreos de violeta
no cimo dos jacarandás, e sobre nossas cabeças
versos de flores se abriam em abóbodas lilases,
conduziam nossos olhares aos canteiros, que
prendiam em doces momentos de silêncio
nossa atenção em meio ao burburinho da rua...

Os passantes passavam e não viam, sorriam
mas não se tocavam nem em mãos, nem coração,
mas a vida toda, as flores, os lilases, os palácios
os corações e abraços estavam todos lá... Porém,
não estavam o amor, a boa vontade, o carinho e
a generosidade que andam escassos na cidade...

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  Onde quer que se viva será sempre uma casa, mas um lar de verdade só existe onde moram nossos sonhos, e moram nossas memórias, e florescem...