segunda-feira, 31 de agosto de 2015

À Super Lua



À super lua voaram
poetas e místicos,
e também uns românticos
e uns escapistas...
Bateram feito mariposas 
na sua superfície fria

E voltaram, iluminados,
aos seus corpos-âncoras
mergulhados na calmaria
da noite silente e adormecida
nessa terra de solidões

Em 29/08/2015 a lua apareceu muito maior que de costume,
evento que só voltará a ocorrer em 2033. Esse fenômeno se
chama "Super Lua".

sábado, 22 de agosto de 2015

Canção da Chuva/Temporal



Veio assim, versos do vento 
em forma de lágrimas
escorrendo do ventre 
das nuvens, tamborilando
em cima do telhado, 
afugentando os gatos...
Botando as crianças 
na janela, e o velhos pra deitar
a sesta da tarde... Veio 
a mesma água do dilúvio,
reusada e renovada 
nos milhares de anos.
Veio milagrosa, ora branda 
e adocicada, ora forte
como a pisada de um gigante, 
veio serena e leve
e também estrondosa e firme... 
Caiu como lágrimas,
e como versos do vento, 
que sopraram e inspiraram 
versos em mim, que agora 
deito sobre o papel na sua 
pureza, mas com só uma gota 
de toda a sua beleza!

Foto que minha amiga Sílvia Dalla Santa postou a pouco no Facebook, e que com o som da chuva, que cai agora em Porto Alegre, me trouxe esses versos que compartilho, fresquinhos, com vocês!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Lua Nova



Do fundo vazio e assustador
de um céu pouco estrelado,
foi surgindo de manso o arco de Diana
apontando o céu abaixo...
Que também lembrava
o sorriso enigmático
daquele fictício gato,
que disse à Alice que o
verdadeiro caminho estava
por todos os lados...

O Caminho da Luz



De longe o barqueiro das nuvens
foi arrastando a luz do dia...
E os sonhadores e seus mundos sonâmbulos
mergulharam nas marés da noite!

E os poetas insones miraram, como de costume,
o olhar curioso das estrelas que, mais uma vez,
debruçaram-se sobre o mundo vazio dos homens...

Amorosa Vigília



Por varandas do infinito,
mirando o horizonte longínquo,
e a curva soturna da estrada,
jaz o meu sonho numa vigília solitária...

Tecendo versos pelos caminhos
estendendo lençóis de esperança
sobre o meu leito vazio, onde bordo,
com a fé de uma criança, juras de Amor
pra quando vieres repousar teus sonhos,
teu Amor, e teus anseios sobre a minha cama...

terça-feira, 11 de agosto de 2015

No Abrigo das Palavras...



Meus sonhos 
perseguem as palavras...
Querem vesti-las 
para saltar em poesia 
na alvura oceânica do papel...

As letras vertem, suavemente,
da extremidade da caneta,
e não sei bem onde estava o que escrevo,
ou que parte de mim sonhava esse sonho...

As palavras são meu túnel do tempo,
minha caverna sagrada, meu refúgio, 
minha cabana na floresta, meu guarda chuvas,
e minhas asas, minha vassoura de voos noturnos...

Minha poção encantada, meu bálsamo,
e o analgésico definitivo
à tua ausência derradeira,
e à tua demora em me encontrar...

Vigílias

As portas abertas estão sempre à espera de algo... Deixo minha porta da cozinha sempre aberta à luz do dia, ao vento furtivo, à visita d...